quarta-feira, 27 de abril de 2011

Feira do Largo da Ordem, local da diversidade de culturas



Já que Curitiba é a cidade que sedia o II Encontro de Cultura e Comunicação do IFPR, nada mais justo do que falar de alguns de seus recantos que "exalam" cultura e até mesmo comunicação. A jornalista Cássia Gomes, colaboradora do evento, escreve sobre a Feira do Largo da Ordem.


Quem passa pelo largo da ordem aos domingos entre 8h e 14h, certamente se distrai ao olhar um artesanato aqui, um acessório alí, uma obra de arte acolá, sem contar na gastronomia, hum!! mesmo sem a intenção de comprar algo, se render aos quititues da feira é inevitável. 


A Feira de Arte e Artesanato do Largo da Ordem, mais conhecida como a Feirinha do Largo, existe há quase quatro décadas, e sua história é bastante curiosa. Em meados de 1973 um grupo de artistas populares com o incentivo da Fundação Cultural de Curitiba passaram a integrar o Largo Coronel Enéas, conhecido por todos por Largo da Ordem. O objetivo desses artistas eram o de divulgar os trabalhos artesanais , além do escambo, que era a troca de objetos por outros, como os famosos gibis da época , inclusive havia também a prática de vendas de produtos em bom estado de conservação. 



Hoje a feira conta com mais de mil barracas antes se concentrava apenas no centro histórico, atualmente integram a feirinha as ruas Mateus Leme e Dr. Kellers e até a praça João Cândido. Há uma diversidade de produtos: acessórios de moda, brincos, colares, bolsas, bordados , crochê em barbante, curso de artesanato, artesanatos em vidros, artigos em madeira, chocolates artesanais, vestuários, sebos de livros e vinil... são muitos artigos bacanas e até música se ouve na feira - músicos da cidade aparecem por lá para dar uma canja e deixar seus trabalhos à venda. 


Foto: descubracuritiba.com.br

A tradicional feira do largo valoriza e divulga a arte local, é um ótimo cenário para fotografias. Em torno da feira estão os prédios históricos como o Memorial da Cidade, o prédio da Fundação Cultural de Curitiba, o Palácio São Francisco, antiga sede do governo, o famoso cavalo babão e o relógio das flores. 


Foto Dario Dadario (br.olhares.com)
Interessante a diversidade de artesanatos, de pessoas, de cultura; na mesma feira que se vende o pirogue se encontra o acarajé, o strudel, receitas da Áustria, assim como o japonês, o negro, o italiano moradores da cidade, os turistas vindos de fora, os que vivem da venda de artesanatos, os artistas de domigo. A feira do largo é um cenário multicultural, e porque não um patrimônio da cultura paranaense.

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